Jair Bolsonaro – Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro poderá ter seus bens bloqueados em função de uma grave acusação envolvendo seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O alerta foi feito nesta segunda-feira (2) pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que, antes de depor à Polícia Federal, anunciou que vai pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) a adoção dessa medida extrema.

A motivação está ligada a um inquérito que apura se Eduardo, residindo nos EUA, estaria atuando diretamente para ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF) e atacar a soberania nacional. Segundo Lindbergh, há indícios de que Bolsonaro esteja sustentando financeiramente o filho, inclusive com transferências via Pix, o que, na avaliação do deputado, serve para alimentar uma campanha permanente de agressões às instituições brasileiras.

“A gente acha que isso que está alimentando essa campanha cotidiana de ataques à instituição [STF]”, declarou Lindbergh ao chegar à sede da PF em Brasília na tarde desta segunda (2).

“Organização criminosa” e tentativa de tumultuar julgamento

O parlamentar do PT, que também é líder da bancada na Câmara, não poupou palavras ao classificar a situação: “Tem uma organização criminosa atuando com o claro objetivo de tumultuar um julgamento em curso”, afirmou.

O volume de provas que sustenta o pedido é robusto: segundo Lindbergh, já foram identificadas mais de 600 manifestações públicas de Eduardo Bolsonaro contra o STF e o governo brasileiro, muitas delas articuladas com parlamentares e autoridades estrangeiras.

“Tem um roteiro. As conversas com cada parlamentar, com cada autoridade, pedindo sanções ao governo brasileiro. E a gente está entregando tudo isso”, antecipou.

Alerta à Justiça: bloqueio de bens para frear coação

A solicitação formal de bloqueio patrimonial deverá ser feita ainda esta semana à PGR, como forma de impedir que recursos financeiros sirvam de combustível para atos de sabotagem institucional. O deputado reforça a urgência da medida, diante da ameaça contínua à estabilidade democrática promovida a partir do exterior por membros da família Bolsonaro.

Fonte: Revista Fórum

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