Policial pisa em cima de cartaz que agradecia ao presidente Lula pela obra. Foto: Reprodução

Durante a inauguração do canal da Cipriano Santos, neste domingo (18), no bairro da Terra Firme em Belém, ativistas de movimentos sociais e militantes do PT do Pará foram impedidos, pela Polícia Militar, de exibir cartazes em agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros moradores também chamavam atenção para a crise climática e cobravam um plano de arborização local. “Governador, cadê as árvores da Cipriano?”, questionavam.

A obra do canal da Avenida Cipriano Santos integra o maior projeto de urbanização integrada de favelas e periferias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com financiamento de R$ 116 milhões do BNDES, o projeto do canal é parte dos serviços de macrodrenagem da Bacia do Tucunduba, garante saneamento, infraestrutura e mobilidade urbana para mais de 300 mil pessoas.

“A Polícia Militar quer nos impedir de segurar nossos cartazes. Nosso argumento é que não há nenhuma mensagem ofensiva – todas são faixas de agradecimento”, disse um dos participantes da mobilização. O episódio configura uma clara violação ao direito à liberdade de expressão.

Apoiadores do presidente Lula também questionaram os discursos das autoridades locais, que omitiram o papel fundamental do governo federal, sem o qual a obra não seria viabilizada. A  diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, esteve presente na capital paraense neste domingo, 18.

“A Conferência do Clima discute como o mundo pode aumentar a sua temperatura. Só que a temperatura já aumentou. O povo já está sofrendo e quem mais sofre é a população vulnerável, mais pobre. Então, nós estamos aqui, inaugurando o primeiro de 12 canais que vamos entregar, e isso já mostra um pouco do que é essa mudança e essa transformação que nós estamos proporcionando na cidade. É uma obra completa, transformadora e preparatória, mas preparatória à adaptação às mudanças climáticas”, destacou.

Confira o vídeo: 

Deixe um comentário