Servidores da assistência social de Belém, vinculados à Fundação Papa João XXIII (Funpapa), decidiram paralisar suas atividades nesta quarta-feira, 30 de abril. Eles denunciam a inércia da gestão Igor Normando (MDB) em resolver questões urgentes e a precariedade dos CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), e os CREAS (Centros de Referência Especializada em Assistência Social).
Segundo nota à comunidade divulgada, “falta apoio alimentar (cestas básicas) para as famílias, lanche, água, café para usuários, carros para as abordagens técnicas. Nas casas abrigo, as refeições servidas são quentinhas, falta combustível para deslocamento e recursos humanos para abarcar as demandas do trabalho.” A categoria também reivindica concurso público e realinhamento salarial.
Não houve solução para os problemas depois de diversas reuniões com o presidente da Funpapa, Arthur Houat Nery de Souza, que antes de assumir a fundação foi Ouvidor Geral do Estado até o final de abril de 2023; posteriormente, foi Gerente Estadual da GEAP Fundação de Assistência ao Servidor Público, uma das maiores operadoras de planos de saúde para servidores públicos no Brasil. Desde o dia 14 de fevereiro, os servidores tentam reunião com o prefeito Igor Normando.
Confira a nota completa:
CARTA A COMUNIDADE
Os servidores do sistema único de assistência social de Belém (Funpapa) estão paralisando as atividades hoje, dia 30 de abril, para protestar contra a inércia do poder público municipal em resolver questões urgentes da política de assistência social, que trazem prejuízos não só a nós, trabalhadores, mas também aos cidadãos que em algum momento da vida precisam utilizar esses serviços:
- Os CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), e os CREAS (Centros de Referência Especializada em Assistência Social) estão funcionando precariamente: falta apoio alimentar (cestas básicas) para as famílias, lanche, água, café para usuários, carros para as abordagens técnicas.
– - Nas casas abrigo, as refeições servidas são quentinhas, falta combustível para deslocamento e recursos humanos para abarcar as demandas do trabalho.
O sindicato (SINTSUAS) tem reunido repetidas vezes com o presidente da Funpapa, mas a realidade permanece igual. Em busca de soluções, tem desde o dia 14 de fevereiro tentado sem sucesso ser recebido pelo prefeito.
Por isso hoje estamos aqui, lutando em busca de uma solução que dê dignidade a nós, os executores das políticas públicas de assistência social e aos usuários, em vulnerabilidade socioeconômica da nossa cidade.
SINDICATO DAS TRABALHADORAS E TRABALHADORES DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE BELÉM (SINTSUAS)