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Nas últimas seis semanas, do total de 26 estados brasileiros, metade apresentou nível de alerta ou de alto risco para o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A maior parte dos estados está localizada na região Centro-Sul, estando também em alerta alguns nas regiões Norte e do Nordeste do país. A análise chama atenção que as hospitalizações por influenza A têm aumentado no agregado nacional, como indicam os dados do novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (26/4). A atualização é referente à Semana Epidemiológica SE 16 (período de 13 a 19 de abril).

Quatorze das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

A manutenção do aumento de casos de SRAG, com níveis de incidência variando de moderado a muito alto em muitos estados das regiões Centro-Sul e em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, tem se concentrado sobretudo entre crianças e adolescentes de até 14 anos. O aumento entre crianças de até dois anos está, em geral, associado ao VSR; na faixa etária de 2 a 4 anos, à combinação de VSR e rinovírus; e entre 4 e 14 anos, predominantemente ao rinovírus.

Pesquisadora do Programa de Processamento Científico da Fiocruz e do InfoGripe, Tatiana Portella destaca que esse cenário serve como alerta para que a população intensifique as medidas de prevenção, combatendo o aumento de casos graves por alguns vírus de transmissão respiratória. Ela indica o uso de máscaras em locais fechados, dentro dos postos de saúde, além da adoção das medidas de etiqueta respiratória. “A gente reforça também a importância da vacinação contra o vírus da influenza. Quem faz parte do grupo elegível e ainda não se vacinou deve procurar um posto de saúde o quanto antes”, orienta.

Em relação às capitais, 14 das 27 apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo – Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Rio De Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitoria (ES).

Fonte: Infogripe/Fiocruz

Situação nacional

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 15,7% para influenza A; 1% para influenza B; 56,9% para VSR; 25,5% para rinovírus; e 3,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 30,4% para influenza A; 3,6% para influenza B; 10,1% para VSR, 16,1% de rinovírus, e 35,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Dentre o total de casos positivos de SRAG em 2025, observou-se 8,9% relacionados a influenza A; 1,7% a influenza B; 35,5% ao VSR; 29,3% ao rinovírus; e 23,7% ao Sars-CoV-2 (Covid-19).

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