Vereadora de Belém, Marinor Brito (Psol). Foto: Reprodução
Às vésperas de completar 100 dias de governo municipal, marcados pelo desmonte de políticas públicas em Belém em diversas áreas, como o fim da Escola Bosque, o fechamento do Restaurante Popular e, mais recentemente, a extinção do programa de renda cidadã Bora Belém, que atendia famílias em situação de extrema pobreza, o prefeito Igor Normando (MDB) volta sua atenção para as cooperativas de limpeza de banheiros públicos, ameaçando interromper seus serviços.
A informação foi divulgada pela vereadora Marinor Brito (PSOL), que denunciou a medida neste final de semana:
“O povo pobre de Belém não tem um dia de paz. Depois do fechamento do Restaurante Popular e do fim do Bora Belém, agora o ataque é contra os trabalhadores do setor de alimentação da Praça da República e contra as cooperativas de limpeza, como a do Ver-o-Rio e da Feira do Açaí. Os cooperados já foram avisados de que não podem mais explorar os serviços e estão sob ordem de despejo.”
A vereadora reforçou o pedido para que o prefeito retome imediatamente os programas extintos e ameaçados:
“Prefeito Igor, se você se incomoda por dizerem que não gosta de pobres, mostre com suas atitudes! Vete o projeto que acaba com o Bora Belém! Reabra o Restaurante Popular Desembargador Paulo Frota! Garanta condições de trabalho aos empreendedores da Praça da República! Garanta a continuidade do trabalho da Cooperativa dos Trabalhadores da Limpeza!”, reivindicou a parlamentar.
Outra medida que deve atingir em cheio os mais pobres é o aumento da tarifa de ônibus na cidade. O Sindicato das Empresas de Transporte (Setransbel) propõe um aumento de 46,25%, elevando o valor da agem para R5,85, enquanto o prefeito Igor Normando (MDB) apresentou uma proposta de R 5,54, um aumento de 38,50%. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ambas as propostas são abusivas, pois estão acima da inflação acumulada de 12% desde abril de 2022, data do último reajuste.