É conhecida a afirmação de Igor Normando (MDB) de que para garantir ônibus com ar-condicionado, seria preciso dobrar o valor da tarifa. Foto: PdP
É falsa a informação que circulou na noite desta sexta-feira (5), de que a Justiça teria determinado o aumento da tarifa de ônibus de Belém, como resposta a um pedido dos empresários do setor, feito em outubro de 2024. Não há nenhuma decisão nesse sentido, até o momento. A última movimentação do processo ocorreu no dia 3 de abril de 2025, com o despacho da juíza Rachel Rocha Mesquita, da 5° Vara da Fazenda, intimando o município de Belém a se manifestar.
Mais falsa ainda é a tentativa de envolver o ex-prefeito Edmilson: não há, no acordo feito entre Governo do Pará, o sindicato empresarial e a Prefeitura de Belém, nenhuma menção a “aumento da tarifa de ônibus”. Quem, afinal, assumiu esse compromisso? É conhecida a afirmação de Igor Normando (MDB) de que para garantir ônibus com ar-condicionado, seria preciso dobrar o valor da tarifa.
“O acordo não foi para aumentar a tarifa, foi para garantir os ônibus. Não existe nenhuma decisão judicial a respeito, como querem levar a crer alguns veículos de comunicação. No entanto, não se vê movimentação alguma da Prefeitura de Belém e do Governo do Estado para que os 300 ônibus circulem, para saber onde estão, se foram comprados ou para os empresários prestarem contas sobre erário público investido nessas isenções.”, disse Edmilson, em nota divulgada pela sua assessoria.
Embora alguns novos ônibus tenham chegado a Belém, estão parados nas garagens das empresas e não foram postos em circulação, em claro descumprimento ao acordo assinado pelas três partes. Enquanto o governador Helder Barbalho (MDB) e seu preposto Igor Normando (MDB) tentam fugir se duas responsabilidades, a população continua sendo transportada por ônibus precários, sem segurança, conforto ou dignidade.
Confira a nota do ex-prefeito na íntegra:
Edmilson Rodrigues é contra o reajuste da tarifa de ônibus. Na condição de prefeito de Belém, representado pela PGM, Semob e Sefin, foi assinado, junto com o governo Helder Barbalho e a Setransbel, um acordo judicial para a compra de 300 ônibus a diesel com wi-fi e ar-condicionado. O acordo previu isenções municipais, de SS e taxas istrativas, e estaduais, de ICMS, para que os empresários pudessem comprar os veículos novos.
O acordo não foi para aumentar a tarifa, foi para garantir os ônibus. Não existe nenhuma decisão judicial a respeito, como querem levar a crer alguns veículos de comunicação.
No entanto, não se vê movimentação alguma da Prefeitura de Belém e do Governo do Estado para que os 300 ônibus circulem, para saber onde estão, se foram comprados ou para os empresários prestarem contas sobre erário público investido nessas isenções.
Mas quando querem justificar o aumento da tarifa, usam o nome de Edmilson. Omitem a participação do governador Helder Barbalho, primo do prefeito e principal cabo eleitoral dele, e ignoram que o ente federativo é a Prefeitura, cujo atual mandante é Ígor Normando.
O reajuste de tarifa é competência do prefeito em exercício. Por que Ígor e Helder não cobram os empresários sobre os ônibus? Existe interesse em informar à justiça que o Setransbel descumpriu o acordo? Ou o interesse é aumentar a tarifa?
Equipe Edmilson Rodrigues