Foto: Bruno Cruz/Ag. Pará. No trator, em frente ao muro que protege a área de floresta, o governador Helder Barbalho.
A diretora socioambiental do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Tereza Campello, concedeu entrevista nesta quinta-feira (13), sobre as obras da COP30 com recursos da instituição e afirmou que não foi autorizada a liberação de recursos para as obras da rua da Marinha.
O valor total da obra, previsto pelo Governo do Pará, é de R$ 242,3 milhões, e uma placa no local indica o financiamento do banco, mas Campello afirma que é um equívoco. “Não se pode autorizar uma obra cujo licenciamento ambiental não esteja dentro do adequado. Então ela está sendo analisada. Essa placa deve ter algum equívoco”.
As obras na rua da Marinha têm sido alvo de ações judiciais desde 2024 e duras críticas por devastar uma área verde, tendo sido iniciada pelo governo estadual durante o período eleitoral sem licenciamento ambiental do município de Belém nem estudo e relatório de impactos ambientais (Eia/Rima).
O relatório técnico da Semas mostra que serão suprimidas 64 espécies, entre elas cinco de maior importância ecológica (Ingá-vermelho e embaubarana) e duas espécies da flora brasileira ameaçadas em extinção (angelim-pedra e ucuuba). A licença, do próprio estado do Pará, foi concedida no dia 26 de agosto de 2024, horas após a conclusão do relatório sobre o impacto a flora e fauna.
Com informações da Folha de S. Paulo