Foto: Nay Jinknss/@nayjinknss

Os indígenas em luta pela revogação da Lei 10.820/2024 e pela exoneração do secretário Rossieli Soares aguardam para esta segunda-feira, 27, uma resposta ao pedido de reunião encaminhado ao governador Helder Barbalho na última sexta-feira. Nesta segunda, também haverá audiência na Justiça Federal em Santarém, às 14h30, para tratar dos bloqueios que vem ocorrendo na BR-163.

O movimento ocupa a sede da Seduc, em Belém, desde o último dia 14 de janeiro, em oposição à lei estadual 10.820/2024, aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará na última sessão no ano de 2024 que, entre outros pontos, ataca a educação indígena, quilombola e ribeirinha, além de precarizar o trabalho docente.

Atualmente, 300 pessoas ocupam a Seduc, a maioria indígenas. Eles exigem que o governador vá pessoalmente negociar com o movimento, mas o chefe do Executivo se recusa. Além da capital, o movimento vem realizando bloqueios diários no Km 83 da BR-163, na altura do município de Belterra.

Ao contrário do que Helder Barbalho vem divulgando, ainda não houve nenhuma negociação entre o governo e as lideranças indígenas que ocupam a Seduc. Helder tem conversado apenas com grupos ligados à Secretaria Estadual dos Povos Indígenas que não participam efetivamente da ocupação e nem tem legitimidade para falar em nome dos ocupantes da Seduc.

Apesar das pressões e tentativas de desmobilização por parte do governo estadual, a adesão de novos indígenas só aumenta. Na tarde de sábado (25), dezenas de Tembé do Alto Rio Guamá chegaram ao prédio da Seduc, fortalecendo a mobilização que chega, nesta segunda, ao 14° dia sem previsão para encerrar, justamente no ano de realização da COP-30.

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