Foto: divulgação

O Psol do Pará denunciou, no início da noite desta segunda-feira (25), uma ação policial classificada como “truculenta e arbitrária” contra o presidente da legenda no município de Ananindeua, Leonardo Reis.

Enquanto caminhava em via pública, o dirigente teria sido abordado e revistado por policiais. Mesmo não havendo qualquer circunstância ilícita, ele foi detido para averiguação.

De acordo com a denúncia, a PM efetuou a prisão porque Leo Reis teria perguntado o nome dos policiais e também por portar dois aparelhos celulares em seus bolsos, um seu, outro de sua companheira.

O diretório estadual do Psol divulgou nota afirmando que vai ingressar com representação na Corregedoria da Polícia e na Delegacia de Crimes Funcionais, e acionar a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Leia a nota do partido na íntegra:

O PSOL Pará vem a público, denunciar e repudiar a ação truculenta e arbitrária da Polícia Militar do Pará, que na data de hoje (25/11) deteve o companheiro Leonardo Reis, presidente do PSOL Ananindeua, e o conduziu a delegacia contra sua vontade, no bairro da Guanabara/ Ananindeua.

Enquanto caminhava na via pública, o companheiro Leo Reis foi abordado pela PM, através dos agentes Sargento Lobato, SD Gustavo e SD Maurício Sousa, do 30° Batalhão da PM.

Leo Reis foi revistado e mesmo não havendo qualquer circunstância ilícita, foi preso para averiguação.

Segundo a PM a prisão se deu por Leo Reis ter perguntado o nome de um dos agentes públicos que o abordaram e por estar portanto dois aparelhos celulares em seus bolsos, um de sua propriedade e outro de propriedade de sua companheira, ambos com nota fiscal comprovando a origem e a propriedade dos bens.

Leo Reis foi conduzido contra sua vontade à Seccional da Guanabara, insultado pelos policiais militares e acusado de estar indo comprar drogas, enquanto os policiais militares davam voltas na viatura policial, sem conduzi-lo diretamente ao posto de polícia.

A Polícia Militar, criada sob a tutela da colonização portuguesa, cuja atribuição sempre foi a de reprimir e criminalizar a população pobre e preta, não mudou seu modo de operação na atualidade democrática.

A PM do Pará segue sendo uma das instituições que mais perpetram a violação de direitos humanos, com atuações como esta, notadamente arbitrária, ilegal e racista, pois considera como suspeito um homem negro, que trafega em área de periferia, conforme consta no relato da ocorrência policial.

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