Moradores da agem Marcílio Dias, no bairro do Jurunas, em Belém, têm sofrido com um aumento repentino entre 50% a 200% no valor de suas contas de energia elétrica, expedidas pela Equatorial Pará. A situação vem ocorrendo desde o mês de agosto, quando os aumentos começaram e, desde então, vêm progressivamente atingindo patamares cada vez mais altos.

A diarista e autônoma Renata Pereira Moraes relatou que sua tarifa de energia elétrica costumava vir em torno de R$200,00, entretanto nos últimos três meses, aumentou em mais de 150%. Renata conta que sua casa só tem três cômodos, uma TV, uma geladeira, uma máquina de lavar e dois ventiladores, e, neste mês de outubro, sua fatura alcançou o valor de 508,27 reais. Já em setembro, a diarista pagou R$484,00, e em agosto, em torno de $300.

Ao procurar a Equatorial para esclarecimentos sobre o aumento tão repentino, a empresa só informou que a tarifa elétrica encontra-se na “bandeira vermelha”, sem maiores justificativas, segundo ela.

Em sua vila, Renata não é a única a sofrer com os aumentos. Na localidade segundo os relatos, há pelo menos cinco casas que estão ando pela mesma situação. A vizinha de Renata, dona Antônia Maria Araújo Magalhães, contou sua aflição. A conta de energia na casa onde moram 9 pessoas, costumava vir entre 400 e 900 reais. Porém, em setembro, aumentou em mais de 100%, alcançando o valor de 2.204,62 reais. “Sou baixa renda, tenho três filhos autistas. Mês de agosto veio 900 reais. Fizemos um esforço e pagamos. Mês de setembro veio 2.200.00”, disse ela.

Outros vizinhos declararam tarifas nos valores entre 400 e 700 reais. Um dos moradores da vila, um autônomo que preferiu não se identificar, disse que mal fica em casa durante o dia e mora sozinho, entretanto, teve aumento de mais de 200% em sua conta de energia elétrica. “No máximo que vinha era até ‘cento e pouco’. Vinha 60, 90, entendeu? Agora, em setembro, começou a vir essa de 550”, disse ele. “Sem contar que eu o o dia inteiro fora, entendeu? Deixo tudo desligado, a única coisa que fica ligada só é a minha geladeira”, relatou o autônomo.

Os depoimentos mostram que, ao ser procurada, a Equatorial sempre dá a justificativa de que o local encontra-se em “bandeira vermelha”, a qual, segundo informações da ANEEL, é cobrada quando o custo de produção de energia elétrica aumenta, devido fatores externos como escassez hídrica.

Equatorial fornece informações “desencontradas”

Renata disse ainda que procurou a Equatorial presencialmente, onde foi instruída a ligar para a Central de Atendimento. Porém, ao falar com a Central, ela recebeu a resposta de que deveria ir ao atendimento presencial, contradizendo as informações recebidas anteriormente na agência da empresa fornecedora de energia elétrica. “Eles falaram pra ‘mim’ ligar pro call center, ir pro call center pedir pra fazer uma vistoria no meu medidor, aí eu liguei pro call center e no call center eles dizem que não é, que a gente tem que ir na agência, que na agência que eles têm que solicitar uma vistoria. Aí eu não sei mais pra onde correr”, disse ela, angustiada.

Juçara Abe

1 COMMENT

  1. Para mim a Equatorial e uma das piores empresas que temos por aqui.
    Saudades da Celpa.
    O tratamento é esse mesmo, virem-se um joga para o outro, e o tratamento por telefone é também horrível.

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