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A ex-deputada Marinor Brito (Psol) tornou publica nesta terça-feira (01), a série de agressões, de cunho misógino, tentativas de extorsão, e ameaça de morte, que vem recebendo pela internet, desde que começou a campanha eleitoral deste ano. O caso está sendo investigado pela polícia paraense.
“Bora cadela cadê o dinheiro? Senão pode levar amanhã…que eu vou estar por lá. Não tenho medo de polícia não”. “Não deve ser essa puta, se é ela ou algum funcionário…não tenho medo de politico não, principalmente mulher”. “Aí vagabunda, se não ar mais de 10 mil todo mês para a agente, vamos acabar com você publicamente”. “Eu e minha mulher conhecemos uns caras iguais que fizeram com aquela lá no rio”, dizem algumas das mensagens enviadas a Marinor, em clara referência ao caso da vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada a tiros juntamente com seu motorista Anderson, no dia 14 de março de 2018.
“A violência politica e de gênero não pode ser tolerada do Brasil. Não serão nem ameaças, nem ataques machistas ou misóginos que irão calar a minha voz! A internet não é terra sem lei! Já acionei as autoridades competentes e em breve os responsáveis serão responsabilizados!”, declarou Marinor. As direções estadual e nacional do Psol também acompanham as investigações.
Dia Marielle Franco
Marinor é autora da lei que instituiu o dia 14 de março no calendário oficial do Estado do Pará, como o “Dia Marielle Franco – Dia de Luta das Mulheres Negras, Periféricas, LGBTQI+ e Mães Solo.” O projeto foi aprovado em dezembro de 2022, na Assembleia Legislativa do Pará.
A homenagem é baseada na luta da vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, aos 39 anos, no dia 14 de março de 2018, por volta de 21h30, após participar no bairro da Lapa, do evento “Roda de Conversa, Jovens Negras Movendo as Estruturas”.