Foto: Vagner Mendes/Ascom Fumbel
Com o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas da economia criativa na região amazônica, nesta quinta-feira, 11, o Ministério da Cultura (MinC) assinou o protocolo de intenções com o Banco da Amazônia e os primeiros contratos do programa Rouanet Norte. A presidente da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), Inês Silveira, participou do evento, representando a Prefeitura de Belém e discursou sobre a importância da valorização da cultura paraense.
“Estamos trazendo a materialização do fomento para a região norte. Temos manifestações culturais e tradições que precisam de investimentos. Aqui em Belém a cultura pulsa. Por isso, todos os dias, cultivamos, preservamos e celebramos a cultura regional”, reforça Inês Silveira.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes participou da cerimônia, juntamente com a presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa; o titular da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural do Ministério da Cultura, Henilton Menezes e a gerente da Central de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima. O evento reuniu diversos artistas e produtores culturais do Pará.
O Edital do Programa Rouanet Norte selecionou 125 projetos e vai destinar R$ 24 milhões em patrocínio do Banco da Amazônia para iniciativas culturais nos sete estados da região, por meio de incentivo fiscal. São 14 iniciativas do Amapá, 33 do Pará, 14 do Acre, 20 do Tocantins, 14 de Roraima, 15 do Amazonas e 15 de Rondônia.
Lei de Incentivo para a Região Norte
O Rouanet Norte surgiu para atender a necessidade de descentralizar os recursos da Lei de Incentivo à Cultura. Lançado em 2023, o programa é uma colaboração entre o Banco da Amazônia, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios.
“Queremos mostrar que é possível alterar a realidade das instituições centralizadas historicamente em apenas dois estados brasileiros. A partir desse ato, a Rouanet está de fato nacionalizada. Fazendo assim, com que todos tenham o a esses recursos. A Região Norte precisa ter o à oportunidade de fomento para que o setor público cultural cresça. Essa região surpreende o Brasil por cada ação de cultura e artística que a gente reconhece, mostrando a diversidade e potência da criatividade do nosso povo, com as suas particularidades”, pontuou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Financiamento
A participação de quatro empresas financiadoras da Lei Rouanet demonstra o compromisso com o desenvolvimento cultural da Amazônia. O aporte de R$ 24 milhões para a Rouanet Norte garante um volume de recursos para uma região que precisa ser valorizada.
“A contemplação do nosso projeto nos permite circular por cidades e locais, que muitas vezes, não são de fácil o, ou onde o teatro não vai. Nossos projetos geralmente priorizam essas áreas, como pequenas cidades e ilhas onde o palhaço não está. Além disso, o prêmio ajuda na manutenção do trabalho do grupo, das atividades que nós desenvolvemos em nosso espaço”, explica Marton Maués, diretor do grupo Palhaços Trovadores.
Projetos Aprovados – Após a do protocolo, a manhã foi marcada pela dos três primeiros contratos de patrocínio de projetos aprovados no programa Rouanet Norte. Foram eles:
Esse Rio é a Minha Rua – Projeto proposto pelo grupo Palhaços Trovadores, que visa levar a arte da palhaçaria, com espetáculos, oficinas e formação teatral para quatro cidades marajoaras: Breves, Curralinho, Portel e Afuá, na Ilha de Marajó.
Rodando com Carimbó – Propondo uma circulação por 10 municípios paraenses, para a difusão do carimbó, o projeto “Rodando com Carimbó”, proposto por Joanna Gwendolyn Denholm, valoriza a cultura local e visa disseminar os conhecimentos a respeito deste patrimônio imaterial do estado do Pará.
Tó Teixeira – Mergulho na vida e obra – Proposto pela Kamara Kó Fotografias Ltda, o projeo será uma exposição e ocupação Artística híbrida sobre a história de vida do compositor negro paraense, Tó Teixeira, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em Belém.
Por Vagner Mendes