Uma das aeronaves que foram apreendidas durante a operação “Narcos Gold” usadas para o tráfico de drogas. Foto: Divulgação

O deputado Éder Mauro, alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, e que vem se notabilizando por promover confusões, brigas e baixarias no Congresso Nacional, afirmou que as operações contra os crimes ambientais são “covardia”. A declaração foi dada ao jornal Folha de S. Paulo. e publicada nesta terça-feira (2).

Trecho da matéria na Folha de S. Paulo

Narcotráfico e crimes ambientais estão conectados

Pesquisa do Instituto Igarapé intitulado “Siga o Dinheiro” revela que crimes ambientais, como desmatamento ou mineração ilegais, têm sido usados para “lavar” o dinheiro do tráfico de drogas, da corrupção e de outras origens ilegais. O estudo do Igarapé se debruçou sobre pesquisas e documentos que verificam as atividades ambientais ilegais nos principais países que compartilham a Amazônia: Brasil, Colômbia e Peru.

“Existe também a modalidade na qual o lucro obtido a partir da prática de outros crimes, sobretudo do tráfico de drogas, é usado para o financiamento de garimpos na Amazônia. A Operação Narcos Gold67, deflagrada no Pará pela Polícia Federal em 2021, revelou que o grupo criminoso utilizava garimpos de ouro para lavagem de dinheiro, além de base para pousos e decolagens no transporte de drogas. Uma das hipóteses criminais é a de que os investigados utilizavam notas fiscais de transações fictícias de ouro para justificar o patrimônio milionário obtido pela atuação no narcotráfico”, diz um trecho do estudo.

Um dos principais alvos da “Operação Narcos Gold”, da Polícia Federal em 2021, foi o narcotraficante com conexões no PCC, Heverton Soares, que ganhou 18 autorizações para garimpar no governo Bolsonaro. 

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