Cocaína em carga de açaí, que saiu do porto de Vila do Conde, em Barcarena, foi apreendida em Portugal, em julho de 2022. Foto: Reprodução

A captura dos dois fugitivos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN), pelas Polícias Federal e Rodoviária Federal em Marabá, expôs uma situação que vem ocorrendo, desde, pelo menos, 2017: o crescimento das facções criminosas no Pará. A matéria “Comando Vermelho avança pelo Norte”, foi publicada nesta quinta-feira (4), pelo site Antagonista/Crusoé. (Leia aqui)

O Ponto de Pauta publicou recentemente matéria sobre número de mortes violentas no Estado, que caíram, mas ainda estão acima da média nacional. Entre os municípios em que foi identificada alta neste tipo de crime, está Barcarena, o que pode ter relação com a disputa por territórios no contexto do tráfico internacional de drogas, segundo o secretário de Segurança Pública do Pará. Cumaru do Norte e Floresta do Araguaia são os municípios mais violentos do Estado.

O tráfico de drogas está diretamente ligado aos crimes ambientais, já que narcotraficantes “lavam” o dinheiro  ilegal reinvestindo em crimes ambientais, como a mineração, a grilagem de terras, a pesca e a caça ilegal. Não é à toa que o estado do Pará foi o segundo com crescimento do desmatamento, segundo o INPE, perdendo apenas para Roraima, outro estado da Amazônia que tem registrado forte presença de facções.

“(Floresta do Araguaia) É a síntese de todos os problemas: você tem ali 13 conflitos fundiários ao longo do período que a gente está descrevendo, com desmatamento, grilagem [de terra], garimpo [ilegal], crime organizado. Ele é a síntese dessa simbiose entre crimes ambientais, narcotráfico e dinâmica da criminalidade em geral”, afirmou Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao G1,

Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública intitulado “Cartografias da violência na Amazônia” apontou presença de 22 facções criminosas nacionais e estrangeiras em 178 municípios da Amazônia Legal.

 

 

 

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