Se nenhuma medida for tomada, o desmatamento na Amazônia pode chegar a mais de 15 mil km² em 2022. O número pode ser o maior desde 2006 e corresponde a uma área três vezes maior do que o Distrito Federal. Essa previsão é feita pela plataforma de inteligência artificial PrevisIA, conduzida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon. O cálculo do risco leva em conta o chamado “calendário do desmatamento”, que por causa do período de chuvas na Amazônia vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte.

De agosto de 2021 a janeiro de 2022, segundo o monitoramento mensal do Imazon, 4.514 km² foram destruídos, o que corresponde a 29% do desmatamento previsto na PrevisIA até julho deste ano. Ou seja: ainda é possível evitar que os outros 10.887 km² com risco de desmatamento apontado na plataforma sejam destruídos, 71% do total. Porém, a preocupação é que o ano eleitoral diminua as ações de controle e fiscalização.

O pesquisador responsável pela plataforma, Carlos Souza Jr., do Imazon, ressalta que “é importante que órgãos de controle também atuem na proteção da Amazônia, como os Ministérios Públicos dos estados e o da União. Porém, a liderança na prevenção do desmatamento da Amazônia e de outros biomas brasileiros tem que ser do governo federal. Os estados, por sua vez, têm um papel importante no controle da devastação, principalmente em casos de omissão do governo federal”, explica o especialista.

Conforme a PrevisIA, o maior desafio será do Pará, estado com a maior área sob risco: 6.288 km², o que corresponde a 41% de todo o território ameaçado na Amazônia. Em seguida estão Amazonas (17%), Mato Grosso (15%), Rondônia (11%) e Acre (9%).

O estudo completo está disponível no site do Imazon. Você pode ar clicando aqui.

Ponto de Pauta com informações do Imazon

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