Mercado de São Braz em 1960

Na varanda direita de quem olha da praça, situavam-se pequenas mercearias que, entre outros gêneros, vendiam um açúcar mascavado, quebrado em porções irregulares, fabricado aqui mesmo em alguma colônia da Estrada de Ferro de Bragança, e que conhecíamos pelo nome de ‘açúcar-moreno’ por sua cor caramelizada. Vinha ele acondicionado em sacas de sarrapilheira que, depois de abertas, eram colocadas nas portas das vendas expondo o produto ao interesse dos compradores. Quantas vezes corri esbaforido, com as mãos plenas de torrões da tão almejada guloseima, ouvindo as descomposturas que o subtraído merceeiro me lançava sob ameaças de valentes trampescos”.

O Mercado de São Brás – Sebastião Godinho. O Liberal de 17 de Junho de 2013

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