
O secretário municipal de saúde, Maurício Bezerra, informou que a partir da noite deste sábado, 20, a Prefeitura de Belém inicia a ativação do funcionamento do hospital Redentor, de forma progressiva. A unidade hospitalar, localizada na praça Brasil, foi ocupada istrativamente pelo município por causa da grande demanda por leitos provocada pela Covid-19 em Belém. A previsão é de que até o final de segunda-feira, 22, 30 pacientes já tenham sido transferidos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) para 30 leitos clínicos do Hospital Redentor. No total, o Hospital contará com 60 leitos clínicos e nove de UTI para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19.
Usina – Sobre o funcionamento dos leitos de UTI, o secretário disse que a Prefeitura adquiriu uma usina de abastecimento e produção de oxigênio, que se encontra em trânsito para Belém, e já na próxima sexta-feira, 26 de março, deverá estar instalada na cidade, suprindo a demanda crescente de oxigênio da capital. Com isso, no sábado, dia 27, o hospital já estará com capacidade de funcionamento dos nove leitos de UTI.
“Não podemos perder tempo. À medida em que as áreas do hospital estão sendo concluídas – com a estruturação delas em termos de leito, de abastecimento de oxigênio, de estruturação de medicamentos, de alimentação -, nós vamos imediatamente ocupando essas áreas que já estão prontas para atender pacientes”, explicou o secretário.
Retaguarda – Ele ressaltou que o Redentor vai integrar a rede de retaguarda de hospitais específicos para o atendimento de pacientes com Covid-19 em Belém. Porém, ele não é de porta aberta. A porta de entrada continua sendo via UPAs e as 16 clínicas de campanha que estão sendo gradativamente ativadas pela Prefeitura em anexo às UPAs e UBSs da capital. O paciente deve procurar as unidades ou clínicas de campanha para, a partir delas, ser encaminhado para os hospitais.
Fazem parte da rede de retaguarda de atendimento à Covid-19 em Belém os hospitais Beneficente Portuguesa, Dom Vicente Zico e, a partir de segunda-feira, também os Prontos Socorros da 14 de março e Guamá. O pronto socorro do Guamá será integralmente dedicado à retaguarda de pacientes com Covid. E parte do Pronto Socorro da 14 também será integrada à rede Belém Covid-19. No hospital da 14, especificamente, 60 leitos clínicos e dez de UTI, separados e isolados do atendimento de urgência e emergência rotineiro, serão incluídos na rede de atendimento aos infectados pela Covid.
IASB – O Hospital Redentor vai trabalhar de forma cooperada com o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Belém (IASB), para garantir atendimento também aos trabalhadores municipais segurados pelo órgão. 30% dos leitos do Redentor serão destinados aos pacientes enviados pelo Instituto, aliviando a pressão dos pacientes acometidos pela covid-19 que são assistidos diariamente no serviço de Pronto Atendimento (PA) do órgão, localizado na travessa Enéas Pinheiro, no bairro do Marco.
“Com esses novos leitos abriremos imediatamente as portas do Instituto para dar continuidade à nossa missão de assistir e cuidar da saúde e da vida dos nossos segurados”, ressaltou o presidente do IASB, Francisco Almeida, em visita ao Redentor, neste sábado, 20. Os pacientes que estão internados em leitos clínicos e em observação no IASB serão transferidos imediatamente para o Hospital Redentor para continuidade do tratamento, informou o presidente.
Por Marta Brasil – Agência Belém